"Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido."
Por volta dos anos 1970 o gênio da ficção científica, Douglas Adams, iniciava a sua exploração literária pelas possibilidades infinitas do universo. Adams retratou a beleza, a sutileza e, sobretudo, a imensidão do universo de forma cômica e caótica. Seus livros despertam, ainda, algo parecido com a sensação de olhar para o céu e se sentir muito pequeno, muito alheio a todos os eventos lá fora.
A fonte de inspiração de Douglas Adams, não obstante, emergiu de um contexto científico borbulhante com novas descobertas e possibilidades. Nesse mesmo cenário, uma dúvida antiga da comunidade científica e da própria humanidade voltou à tona: afinal, a vida é um figurinha exclusiva do planeta Terra?
Bom, há controvérsias.
Primeiramente, um raciocínio fundamental para compreender essa situação é a própria condição de existência da vida aqui na Terra. Esse equilíbrio organizacional delicado de um ser vivo demandou milhares e milhares de eventos antes de ser o que é. A vida como conhecemos precisa, fundamentalmente, de carbono, água líquida, alguns nutrientes interessantes, uma atmosfera favorável, temperatura ideal, etc.
Sob as condições certas esses componentes podem, teoricamente, se organizar em uma forma de vida primitiva que pode, paulatinamente, dar origem a outros seres vivos. Nos últimos anos, por conseguinte, diversos exoplanetas (planetas que estão fora do nosso sistema solar) que podem abrigar essas condições vêm sendo descobertos. Levando em consideração o tamanho do universo observável, além do mais, a chance da vida ter pipocado em algum canto dele é assustadoramente grande.
Isso quer dizer que há, com certeza, aliens por aí nos observando? Não necessariamente.
A vida, aparentemente, leva milhões e milhões de anos para se desenvolver e ainda mais alguns bilhões de anos para se tornar inteligente. Então, e se nós formos a primeira civilização inteligente do universo? E se não formos? Até o momento, não há nenhuma evidência de vida alienígena, nem complexa, nem simples.
De qualquer forma, a comunidade científica (e da cultura pop também) tem se mobilizado em compreender mais profundamente as possibilidades da astrobiologia, afinal, talvez um dia nossa espécie esteja por aí fazendo viagens intergalácticas, então, por via das dúvidas, é melhor conhecermos um pouco mais a respeito dos nosso possíveis vizinhos no universo.
Fica aqui embaixo a recomendação desse ótimo vídeo do "In a Nutshell".
Até mais e obrigado pelos peixes, digo, pela atenção.
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